Bem vindo

Bem vindo

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Gostos diferentes

Vampiresca

Eu não sei se acredito em gnomos ou duendes, mas acredito em vampiros...
Vejo inúmeros filmes de vampiros, e imagino a toda a hora que eles possam estar em qualquer lado, numa esquina ao virar da rua, num bar, num instanciamento, na minha própria casa á noite enquanto dormo..
Será que quando adormeço algum vampiro entra pela janela do meu quanto e se deita ao meu lado olhando-me, apreciando a minha maneira de dormir, ouvindo o meu respirar, sentindo o bater do meu coração, o bombeamento do sangue que se espalha pelas minhas veias?
Já li inúmeros livros sobre vampiros, há quem diga que não são reais, há quem diga que são reais mas que a esse ser se aplica o mal, significa que são mandados do mal, como também já li várias aberrações desde; a pessoa já nascer um vampiro, ou depois da morte se tornar um vampiro...
Será que estou a ficar louca?
Será apenas um sonho no qual vivo acordada?
Ou será a realidade de alguém que sonha demais, imagina um mundo de fantasia que todos sabemos que nesta vida, neste mundo nada é um mar de rosas.
Então eu tento viver algo que para muitos não passa de fantasia, mas que para mim é o meu mundo..
Vampiros que me tratam bem, têm muita cultura, presença de espírito e conhecimento da vida...
Por vezes quando conheço uma pessoa imagino-a um vampiro escondido por trás daquele sorriso, daquele olhar e simpatia eu acredito que acabei de conhecer uma pessoa especial..
Nunca será fácil reconhecer um vampiro, pois eles são tal e qual nós.. Seres humanos..
Um dia estava sentada no sossego da noite tranquila, lendo um livro "Diário do Vampiro"...
- Diz a lenda que os espelhos refletem a alma de quem os olha. É por isso que os povos primitivos têm medo de espelhos; temem que suas almas fiquem presas e sejam roubadas.
Assim, minha espécie não deveria ter reflexo...Porque não temos alma. Lentamente, ele estendeu a mão para o retrovisor e o virou para baixo, ajustando para que Elena pudesse olhar. No vidro prateado, ela viu os olhos dele, perdidos, assombrados e infinitamente tristes.
Não havia nada a fazer a não ser abraçá-lo, e foi o que Elena fez.
-Eu te amo-ela sussurrou. Era o único conforto que podia oferecer. Era tudo o que eles tinham.
Os braços de Stefan se estreitaram em volta de Elena; o rosto dele foi enterrado no cabelo dela..
-Você é o espelho- sussurrou ele.
Era bom senti-lo relaxar, a tensão se esvaiando de seu corpo enquanto o colar e o conforto o inundavam. Ela também ficou reconfortada, inundada por uma sensação de paz, cercada por ela.
Era tão bom que ela só se lembrou de perguntar o que ele queria dizer quando os dois estavam na porta da casa de Elena, despedindo-se.
-Eu sou o espelho? -disse ela então, olhando pra ele.
-Você roubou minha alma - disse ele. "
Entre este pequeno texto há muitos outros que me deixam a sonhar, num mundo que talvez até nem exista, ou que se calhar existe mesmo e muitos não querem acreditar ou ver..
Para mim é algo que eu credito, é algo de que eu sonho, me imagino e vivo esperando que um dia possa vir a encontrar um Damon Salvatore  ou um Edward Cullen...
Ser um vampiro é possuir uma imortalidade irresistível, e era tudo o que eu gostava e queria, apesar de saber que o ser imortal implicaria muita dor, muito sofrimento, mesmo assim era o que eu gostava de ser, poder viver sem fim, poder ser a revolução do mundo no qual eu poderia salvar muita gente e ajudar, com tantos poderes que um vampiro pode adquirir, mantendo e sendo senhora e dona de uma beleza incandescente, de uma cintilante sedução. É fascinar as minhas presas, insaciavelmente, a redenção de suas almas, arrancando os mais altos suspiros delas, quando olhassem  para a mais formosa das belezas divinas, honradas a sua esplendorosa existência, para obtenção da minha energia vital, a minha louvável sobrevivência, da mais alta plenitude influenciadora da humanidade.
Perdida na Noite

Noites Escuras

Noites escuras saio a procura
como um vampiro sedento por sangue,
sou eu a procura de um alguém
que possa acalmar meu coração,
corações feridos pessoas vazias.
ambientes escuros vampiros carentes,
mais uma vez de volta sozinha,
o meu coração sofre,
ele procura o que não vai encontrar
vejo pessoas com seus corações feridos,
enganados por outros corações,
é ilusão acreditar que na escuridão
da noite vou achar o remédio que
vai sarar todo o meu amor que sinto por ti,
sou uma pobre vampira,
preciso da noite,
ela ajuda-me a esquecer-te
sou uma vampira perdida na noite,
fumo um cigarro
a bebida acompanha-me,
o globo gira,
as vampiras dançam,
noites escuras
o rock está no ar,
a vida segue e o coração acostuma-se
com as noites escuras...
Perdida na Noite

O mundo é um vampiro que te suga até ao fim,
os governantes são déspotas,
vampiros sem honra,
somos todos vampiros com sentimentos puros,
mas aqueles que governam são podres sem alma,
ironia faz parte da sua fala é o domínio da mentira...
É o prepósito, com fins de lucros sem....
A mentira lhes faz donos de todas as razões...
Mas têm seus poréns nossas mentes são livres...
Nossos sentimentos falam muito alto...
E protestamos no ato daqueles que roubam as nossas vidas,
sem limites lutamos...
Pela verdade e liberdade,
que nenhum momento percamos a razão
diante balas de borracha,
gás de pimenta...
Não se cala em nossos corações,
nem nos nossos pensamentos...
A luta não pára, pois uma ideia é prova de balas...
Uma ideia não tem fim quando esta no coração de todos nós...
Celso Nadilo

Mais um dia

Mais um dia onde sonhos, esperanças e surpresas já não me acompanham o imortal sono e frustrado desperta. Nada mais excita, surpreende são os humanos, apesar dos séculos os mesmos que destinavam outrora: vaidades, torpezas, frivolidades e crueldades! Sempre foi divertido caçá-los e extinguir vidas tão desnecessárias; absorver o doce licor de suas pulsantes veias, saborear o apagar do brilho de seus olhos...
Porém, assim como seco suas veias e descarto o corruptível corpo, os séculos drenaram a minha ansiedade e a sede já não se satisfaz! A insatisfação e monotonia de todo esse tempo passado e, aqueles que sucederão, me enchem de tédio e anorexia. Nada, ninguém que valha o esforço, a atenção, o cuidado...a chamar a atenção real, para saborear aquele rubro e quente derramar de vida! Então, um riso meigo e olhar gentil aguça meu desejo e arde minha sede...alvíssima pele em roliço e macio pescoço de jovem vendedor de flores.  Nas veias o sangue em rápida e enlouquecedora marcha! Enfim sinto a ânsia retornar e crescer a tal ponto de não suportar perdê-lo. Preciso de sua essência dentro de mim revigorando-me, alimentando-me! Alguém compra-lhe as flores enquanto eu aguardo nas sombras aquele instante perfeito onde a caça cai nas garras do caçador, um momento único de união perpétua. Ao findar seu estoque retira-se satisfeito a caminho de casa. Acompanho seus movimentos sinuosos ardendo em chamas de loucura! Num instante arrebato-o afastando-o dos jardim e entre os arbustos sugo o sangue tão avidamente desejando e necessário ao refazimento de minha personalidade carcomida. Seu macio e perfumado cabelo ruivo tinge-se de rubro de seu sangue enquanto viajo no sabor único de sua vitalidade enchendo-me à luz de indefinível luar. 
Perdida na Noite


E este fez da lua seu sol, trocando a noite pelo dia. 
O único sabor que o sacia é vital, energia.
Imortal, mas com defeito.
Os homens o temem e não querem conhecer.
Seu desejo o controla, puro instinto de viver!
Seu sonho talvez seja voltar...
Embora seu caminho se apague ao trilhar.
Para uns, sua existência é um pecado, para outros uma maldição, 
há também aqueles racionais que o chamam de evolução.
Os já quase imortais chamam de dom recebido,
já que poucos são mais que banquetes, louvado escolhido.
Aperfeiçoar é seu vicio, seu poder está em outras vidas.
É sombrio pois sua mão carrega o peso de muitas partidas. 
Não está vivo, nem morto.
Não é mar nem porto.
Só quer existir.
Quem sabe até mesmo sorrir.
Não é anjo, nem demônio.
Está além das vagas compreensões e sonho.
Magia é seu respiro
Amado e odiado, justo vampiro! 
J.C.


Procuro me olhar no espelho e à vezes que não me vejo, não sou vampiro e nem um fantasma, é só a cópia da minha cara, vejo muitas linhas e traços idênticos, mas mesmo assim não me conheço, percebo o quão seria bom se refletisse todo o meu desejo, pois como não reflete o nosso íntimo e anseios, a imagem de mim aos meus olhos não me vejo..
Ronaldo Rangel 

Trevas

Sou o vampiro que mora na sombra terrestre 
sou o suspiro de morte da vida humana 
sou o que vive o que morre e alimenta da carne
na direção oposta do sol eu me cubro,
com o manto negro da morte minha alma se esconde de vez,
correndo a dor, sem sofrer como um porco
ma fascina sua derrota,
seu imploro de socorro já não me importa
sua alma na vida é morta e no inferno é presa
veja que beleza lá não tem luz solar
mais no fogo do inferno sua alma queimará
trevas para todo o fim!
Henry Nascimento

Amante Noturna

Ferve-me o sangue
me toma pela sede
Beija-me assim! "morres" só para mim

Digo à tua boca: "Vem!"
Todo o meu corpo te chama:
"Morde também!"

Perfuro sua carne
eu a torturo com prazer

Que dure a vida inteira e aplaque o meu desejo
Ferve-me o sangue: acalme a ira com teu beijo
Beija-me assim.
Poemas obscuros

A Origem do Vampiro 

São várias as versões das histórias que existem sobre eternos seres noturnos. Perdemo-nos na veracidade dos factos, a sua raça chega a ser mais antiga do que a própria raça.
Ajudamo-la a desvendar as teorias mais conhecidas sobre os "chupadores de sangue".

As três teorias principais sobre a origem dos vampiros remetem-se para os tempos mais antigos.
A primeira versão conta que o primeiro sugador de sangue foi Caim, que depois de ser amaldiçoado por Deus transformou-se num vampiro e casou com a bruxa Lilith (primeira mulher de Adão), que lhe ensinou muitos rituais destes seres, inclusive a usar o seu próprio sangue em magias. Foi também Lilith quem encontrou a "fórmula mágica" para criar novos vampiros. A segunda versão dá-nos conta da existência do primeiro vampiro apenas no século XIV. Valek,  um homem que terá sido condenado por heresia, e a quem um  sacerdote terá exorcizado para expulsar os demônios do seu corpo. Porém, durante este ritual, algo terá corrido mal e Valek morreu e voltou a renascer com um monstro dentro de sim, com todas as características de um vampiro.

Já a terceira teoria sobre o inícioda origem dos vampiros avança que o primeiro vampiro da história, ou melhor, a primeira vampira, foi a bruxa Lilith que depois de ter uma enorme discussão com o seu marido Adão, de forma a querer a mesma igualdade neste mundo, o terá deixado. E por isso foi punida. Transformou-se numa destas criaturas assustadoras da noite. 
Terão os Vampiros Existido?

Poucos acreditam em vampiros, mas que eles existem, lá isso existem. Ou, pelo menos, existiram, a acreditar no Museu nacional de História da Bulgária, que tem agora em exposição várias ossadas de pessoas mortas com uma estaca de ferro no coração.
Os esqueletos datam dos séculos XII a XIV. Estas pessoas terão sido mortas por os populares acreditarem tratar-se de vampiros.
O diretor do museu, Bozhidar Dimitrov, diz que os vampiros, afinal, não eram muito comuns: "O interesse é que os casos de vampiros eram relativamente raros. Em Sozopol foram exumadas 700 campas cristãs e só duas tinham sinais de manipulação antivampiro".
A Bulgária é um país onde a tradição pagã se mantém viva, já que só no século IX o país se tornou cristão. A região é fértil em lendas de vampiros - basta pensar no famoso imperador Vlad, que reinou na vizinha Romênia no século XV e inspirou o Conde Drácula, personagem criada por Bram Stoker. 

Amor vampírico

De vez em quando eu me perco na malevolência extravagante da noite, no teu corpo infinito e caiu exausta, exausta por não encontrar o que tanto procuro, exausta por tanto esperar, então eu me vejo como uma vampira...
Assim sendo, espero que tu estejas ciente de que não vou parar a minha procura...
Há quem diga que nós somos monstros, afirmo que se calhar por momentos até o possamos ser, devoradores de sangue, no qual se não nos controlarmos poderemos até causar a morte de alguém sem dó nem piedade, mas....
Realmente não há nenhuma batida na escuridão profunda de nossas almas...
Nunca, já mais iremos sentir amor verdadeiro por alguém...
Será isto negação eternamente ao amor?
E eu daria todas as minhas vidas eternas, toda a minha imortalidade por um toque dos teus lábios, por um beijo...mesmo morta, insensível, um beijo de piedade ainda sem carinho, ainda cheio de dor, angústia e pensamentos assustadores; minha névoa é a tua... Meu vampiro, ambos habitamos sem fim na mesma linha do tempo..
É realmente impossível de bater, se alguma coisa de momento quebrar todo este silêncio...
Então meu vampiro...às vezes eu me exporto, eu ofereço a minha pele à luz crescente do amanhecer e, embora o fogo o fogo me faça desaparecer lentamente..
Dentro de meu caixão eu imagino o teu rosto de neve, a tua pele pálida de vidro sem fim...eu mesma sacio pela tua carne, teu sangue fervendo, pequenas bolhas vermelhas borbulhantes bem vivas que mais me faz lembrar um néctar, uma melodia que os meus ouvidos escutam com intensidade... 
E eu que acabo por me fechar na minha escuridão, acabando por me queimar por ti...
Perdida na Noite 


!PERDIDA NA NOITE!
 










sábado, 8 de outubro de 2016

Coração despedaçado


E assim termina mais um capitulo de uma vida..
Uma página escrita, no qual fora escrita com sucesso com tudo para ser perfeito, para que tudo desse certo..
Mas...
Um dia acordo e caiu na realidade, uma realidade triste e dura...
Aquela pessoa que me prometeu cuidar de mim para sempre, vai-se...
Simplesmente de uma hora para a outra, num abrir e fechar de olhos desaparece...
Aquela pessoa que sempre me disse estar sempre ao meu lado para o bem e para o mal, nos bons e maus momentos da minha vida, deixa de existir.. 
Aquela pessoa que sobre promessas e juras mentiu, desiludiu, destruiu.. 
Simplesmente destruiu uma vida por prazeres, por vinganças, por impureza, por falta de caráter...
Essa pessoa deixa de ser a tal pessoa especial, deixa de ser o meu mundo, deixa de ser um sonho...
Essa pessoa simplesmente foi-se e deixou o meu coração destruído, deixa comigo uma dor, como se tivesse arrancado o meu coração a sangue frio do meu peito ainda bombeando sangue, sem dó nem piedade.. 
Chego a um momento em que olho para o lado, e todo aquele sonho, aquele que juras me fez, já não mais está ali ao meu lado..
Agora vejo-me sozinha, perdida, vazia, louca, só...
E eu sei que sobre um mundo que me cai aos pés, eu tenho de ser forte, que tenho de levantar, recomeçar e que desta vez vou estar sozinha, fisicamente meu coração ainda bate, mas só fisicamente.. Porque na realidade meu coração congelou, está quebrado sem concerto...
O meu corpo e a minha alma chegam a um ponto em que já não se entendem, lutam entre si, tentam recompor-se, tentam entrar num acordo...mas nada...
Sinto que neste momento nunca mais sairei deste estado, que o sol nunca mais terá o mesmo brilho, ou a brisa o mesmo frescor...
É um calor insuportável, um frio incalculável, uma dor inexplicável...
Eu pergunto-me porquê, e quanto mais tento perceber, mais me lembro que não vale apena amar, ninguém merece ser amado, ninguém merece mais minhas lágrimas, meu esforço, minha dor...
Estou de escuro, meu coração congelou e com isso escureceu e fria me estou a tornar, lágrimas secaram, amargura, raiva, desilusão e revolta é o que habitam meu coração... 
Até pode ser masoquismo, mas não mais meu amor irá alguém sentir.. 
Cansei...
Estou muito cansada de desilusões de amor... De promessas sem fundamento, sem sentido...
Sei que o sonho que cresceu comigo de pequena, não existe, nunca existiu e já mais irá existir á face da terra..
Sonhos de menina, que se viraram terrores de mulher... 
Um coração quando despedaçado, vira pó, e mesmo que um dia tente já mais será o mesmo coração saudável que um dia ao nascer foi... 
Então eu agora pergunto-me: Quando vou estar melhor? Será que alguma vez estarei melhor?
Será que algum dia será possível voltar a respirar normalmente? 
Perdida na Noite

     


sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Desilusão

Quase

Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por causa desta maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos braços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. 
Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si...
Não é que a fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitoria é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixes que a saudade te sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfia do destino e acredita em ti...
Gasta mais horas a realizar do que a sonhar, planejando, a viver que a esperar porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu...



Desilusão!

Sabes aqueles momentos em que sentimos uma dor fina, lá dentro do peito, dor essa que nem se sabe como é, como vem, e tira a impressão de que tava tudo bem...
Dá vontade de gritar aos quatro ventos numa voz bem alta, como se fosse sair um monstro de dentro de mim, a sensação de alguma coisa sem precedentes. 
Como se viesse um desejo de chorar e chorar, e nem saber a hora de parar, somente induzir para dentro de mim, o que pra fora nem vai-se notar...
Como mudança de rumo, e remando para o deserto quente e seco da minha sensação de estar perto do nada, mas longe de ti, um amor renegado, pensamento elevado...
Sentimento com sonhos desmoronados e castelos de areia engolidos pelas ondas, sentimento de perda e dor, sabor do castigo, sentido sem amor. 
Seria como se espremesse o peito e lançasse longe a alegria, sentido de vida vazia, sorriso sem graça, sabor de rejeição, coração na contra mão.
Não!... mesmo que se tenha ideia do que é sofrer, mas ferida que se abre sem ferir dói, mas sem o sangue a sair...
Sofrer assim não é justo, se foi um susto, nem custo da dor ou esperança do amor, dor essa que é fina no peito e desafina o embalo do coração e da emoção...
Pois, como perfume de amor e flor, e despedida sem odor, se faz sofrido o rosto, com a expressão que dispensa conação.
Sim, com amor é fácil lidar, mas os sentimentos á parte que sem ressentimentos, se faz uma parte dessa dor, que á outra se veio juntar, selando a desculpa da lágrima rolar.
Como saber que é hora de parar, sanar uma coisa dessas só com alguém que viveu tal sentimento, e sobreviveu pra contar, ou correu o risco e saiu da beira do abismo... 
Juro que se for para sentir esta dor, sem ter o que sentir, não fico mais em cima desse muro, cede-me a tua luz, e tira-me desta escuridão..
Os vestígios da esperança que molham o meu olhar, se faz forte, e não sei como me vai a sorte sair assim, sem os riscos da morte a rondarem-me...
Dor fina e vazia faz sofrer, mas sem que se entenda o que a dor te trará será sofrer duas vezes, uma por sofrer e outra sem saber...
Seria uma troca justa, a troca da discórdia pela vaga soma da nossa misericórdia, se me decifrasse essa dor..
E chegando sempre pela metade e tomando o lugar da felicidade, esta dor agarra-me sem piedade, comi é triste sofrer e ver padecer num sentido sem fim...
Não dá para dizer não, esta dor que vai secando o meu coração, faz viver um momento sem razão, leva com ela uma paz que seria a única emoção, essa dor chama-se, Desilusão! 

!PERDIDA NA NOITE!



terça-feira, 30 de agosto de 2016

Caminhando na solidão

Oscilação Momentânea 

Foi-se tudo... Os dias aprazíveis e do sol os raios,
Ficou apenas a solidão reinando no meu espaço...
Daí a minha tristeza e desvarios,
Que expurgam totalmente a minha felicidade!

Nada lamentaria se estivesses presente,
Aquecendo os meus momentos com ternuras...
Mas sempre estás ausente,
E prevalece a visão acinzentada das nossas ruas!

Quedo-me mais uma vez pensativa,
Do mundo em parte esquecido,
E nada aquece a minha vivência!

Desesperada convivo com o atual momento,
Sentindo-me distanciada de entretenimento,
Cercada de dúvidas, sem evidências!
Jairo Nunes Bezerra


Chegou a hora

Com os olhos fechados 
Caminhando pela escuridão
Percebendo as lágrimas escorrerem por seu rosto
Sem motivos
Elas caem como a chuva
E mesmo assim não encontrando uma explicação para elas
Mas, continuo andando
Apenas andando
Com os olhos fechados
Sem idéias 
Sem entender 
Com a caneta escorrendo de meus dedos
Com idéias deturpadas
Com vários papeis amassados
Mas, ainda com os olhos fechados
Ainda com idéias pendentes
Mas, ainda sem minha caneta
Ainda sem minhas idéias 
Ainda com lágrimas inexplicadas 
Ainda sem conseguir falar
Quem sabe seja a hora 
Hora de Ele voltar
Mas, voltar definitivamente! 
Pablo S Rosa



Desencontrada

Hoje me vejo como se uma pequena ave que sem direção se vê...
Voando sobre os dias mais sombrios e noites escurar e silenciosas...
Voando sem rumo, sem destino, sem direção...
Pousando sobre um galho em meia noite, fixa o olhar em vários pontos...
Sozinha no meio do nada, vêm-me as incertezas a ideia...
Mas afinal o mundo não deveria ser um mundo melhor onde se pode-se viver em paz?
O que é que eu estou aqui a fazer?
Decepções e mais decepções 
É como se me estivessem a torturar
A minha alma, que chora sem se acalmar
Por momentos, assim como num pequeno apside só dá vontade de sair
Partir sem nada, sem ninguém 
Desaparecer preciso, sumir como se nunca tivesse existido é necessário..
Asim como a morte abafa qualquer tipo de problemas, sentimentos, desorientações
Também eu queria que o inserto da vida numa noite escura me levasse 
O grito de uma alma que de negro se tem vindo a vestir, com sangue a ferver e vontade e fazer mal...
Matar esses seres de que nada nos servem, de que magoas nos enchem
Seres que nem num abismo se poderiam reter, 
Hora se vê um sorriso que por instantes meigo e puro parece
Como de repente as vestes do diabo veste, e sem olhar com um pingo de dó tudo destrói
Maldito sejas tu que em meias verdades, meias mentiras brincas com vidas
Nunca pensando que um dia, és tu quem vai ser engolido pelas chamas do inferno, queimar até que te derretas por completo...
E eu.. Eu como um pássaro negro que a amargura trás no peito, te pico, te piso e te mato, como se nada fosses...
Desejos de um olhar sangrento que no coração ódio trás aos seus semelhantes 
só desejo que um dia caias, mas que caias sem um único toque que te ampare
Que sofras nas garras de teus antepassados todos os males que causaste
Sem dó nem piedade...
Mereces morrer, mereces derreter como se um espeço monte de sangue saísse de um corpo todo esquartejado... 
Com esta solidão, vontade de matar, lá me vou sem uma unica alma atacar...
Sem romo na vida, me quero perder...
Quero que sem os olhos me enxergou de mim se lembre e para quem não enxergou que nunca saiba da minha existência...
Sozinha sem um único ser a acompanhar-me parto, parto sou eu e esta dor que insiste em me deixar só, deprimida, sem orientação e vontade de me perder num abismo onde nada se possa mover...
Morrer ou sobreviver, não sei.. 
Conforme a vontade, do daqui a bocado ou do amanha...
Perdida na Noite



Deixa-me 

Corta, mas não deixes esperança...
Pisa, mas pisa bem para que eu não me volte a levantar...
Apunhala-me, mas faz bem até que consigas a minha morte...
Deita-me aos lobos, mas deita na queles bem agressivos...
Bate-me, mas bate ao ponto de já mais me levantar...
Prende-me, prende em algum lugar bem reforçado para que eu jamais possa sair...
Brinca com o meu coração, goza bem esse momento...
Maltrata-me, mas não deixes forças a pairar...
Ignora o meu lamentar, o meu sofrer, e vai para bem longe...
PORQUE...
Porque te juro que se não fizeres tudo isso bem feito, sou eu quem te vai espetar na cruz da dor
Sou eu quem te vai matar, sem dó nem piedade sem sequer me preocupar com a tua dor...
Se não fizeres tudo isso bem feito, não me vais estar a matar ou a torturar
Vais estar a criar um animal feroz que quando sair já mais coração terá...
E ai eu não vou mais ter pena de ninguém, nem maus feitores nem inocentes...
Por isso faz bem o que mais gostas de fazer.. 
Mas não me deixes sobreviver ou iras-te arrepender! 
Perdida na Noite



No silêncio do meu caminhar

Tudo é silêncio na noite do tempo
Onde procuro respostas para perguntas
Que nem eu mesma sei quais são.
Não quero saber qual será o fim
Porque nem sei coo aconteceu o inicio
Se é que houve um começo.
Ando devagar pela estrada à minha frente 
E não tenho pressa de chegar
Pois não sei onde meus passos me levam.
Quero viver na solidão
Que me tira os seus olhos
E descansar-me na esperança
De encontrar o seu sorriso só mais uma vez.
Tudo é deserto por onde ando
E sinto na pele o sol escaldante
De uma tarde de verão.
Saber que você existe 
Causa em mim uma angústia
De não poder estar junto à fonte da alegria.
Seus olhos tão meigos 
Sempre estavam ali sozinhos
Como um convite ao amor.
Prossigo no silêncio do meu caminhar
E ouço a sua voz ao longe
E ouço também a sua risada
E sei que está feliz.
Meu coração bate mais forte
Quer te encontre e não sabe como será
E eu para de caminhar
Quero descansar de tudo isso.
Mas, em meus olhos já não há lágrimas
Para que as deixem cair.
Não há uma sombra sequer para recostar-me
E meus pés estão cansados.
Olho para o horizonte
Não sei se consigo chegar
No lugar de onde sai.
No silêncio do meu caminhar
As perguntas continuam sem respostas.
Odair


Carma 

Será mesmo um carma de quem ama viver este drama?
Será uma especificidade do amor a contradição?
Esta alegria forjada,
Noutrora cansada,
Pesares e euforias rasgando o peito,
Competindo o mesmo espaço num coração.
Conceitos afrontados daquele que diz "Isto não aceito ou não faço"
Já se vendo arrastado pelo orgulho ferido.
A paixão é o perigo.
O medo de perder ou se perder.
O medo de sonhar e se acabar,
A paixão não tem razão.
Pode andar sem pés no chão,
Pode cegar-te o entendimento 
E profundar-te em sofrimento.
Segue assim calada,
Torturando o ego,
Sorrateira, surda e cega.
...de repente abalada,
Exaurida,
Achacada...um espectro,
De repente um nada.
O humor absoleto,
Os quereres em duetos
Os suores em sonetos,
Utopicamente, a rimar felicidades...




Escassez

Onde estão eles? Humanos?
Suas mãos estão cheias de danos,
Seus pés vacilam na sorte,
Desejando o mal do amigo,
Do parente,
Do vizinho,
Do estranho,
Vão sozinhos
Desejando a todos a morte.
Quer gentilezas mas não sabem onde encontrar,
Porque o mundo fez-se escassa a caridade,
A bondade,
A amizade.
Fez-se escassa a verdade
Com a politica devassa 
Que leciona à sociedade
pregando o dom de transpassear.
Assim se cresce,
Assim se sobe,
Assim se vence,
Assim se mata.
Onde estão eles? Princípios Cristãos?
Onde o amor é a matriz.
Fez-se de Judas, o seguidor,
No traidor pôs-se a raiz.
Onde encontrar?
Um bom concelho,
Um bom amigo,
Um vinho doce,
Um amor benigno
Um bom dia, boa tarde ou boa noite?
Onde?
A tolerância 
A maresia,
A benevolência
A alegria
A amizade, desinteressadamente, inocente?
A língua infame,
Um velho sábio no chão sangrando,
E quem se interessa?
Se todos se apressam
Na busca perene das posses mundanas.
E nessa pressa
Vão se perdendo,
Não há promessas
De dias amenos,
E quem se interessa?
E quem vê ao menos?
O tempo é dinheiro
E o dinheiro é o veneno.




Estou cansada, e pesa-me nos ombros a raiva de me permitir fazê-lo..
Sou humana, mas não deveria sê-lo, seria mais fácil ter uma pedra no peito do que um coração carniceiro!
Assim não levaria nas costas o fardo dos meus entes queridos, não me mataria ao ver quem amo ferido...
Não me afogaria ao ver o fim do mundo tão próximo.
Assim não daria o gosto do mal estar ao estranho, e nem teria estas rugas danando cabe do meu rosto; não me importaria de partir, errar, desistir...perder ou ganhar.
Estou cansada da ânsia da busca constante, de acordo entremeio sonhos pequenos e gigantes, tentando convencer-me de que sou apenas uma viajante.
Melhor recostar minhas penas na poltrona do descaso.
Quem me dera poder desatar os nós e pensar em mim; sorrir para mim, bocejar e simplesmente dormir...
Perdida na Noite 



Cala-te

 Não me digas o que devo dizer...
O que digo é para tu entenderes que tudo o que disse, eu não digo..
E não disse o que quero dizer...
O que penso está no meu pensamento, e não penses que é o que tu pensas..
Penso agora o que não pensei noutro momento, 
E sei que pensas que são teus os meus sentimentos...
Falas como eu sei que falas. apara todos os teus amigos falas...
E falas que falo eu!
Falas por mim o que não falo de ti.
E falas de mim o que dizem que falas?
Por que não te calas?



Pensas

Me dá pena reconhecer os restos do que já passou; 
É coisa triste quando o peito insiste em guardar rancor.
Me dá pena ver o amor, de belo em feio, se transformar, sentir tanta mágoa, que não há palavras para nominar.
A pena lacera quando o fogo queima sua fotografia; 
O nosso beijo sangra num momento, homérico, de nostalgia. 
A dor trespassa nas cartas rasgadas que me dedicaste; 
Lembranças vastas de tantas promessas que me suplicastes; 
Me dá pena tentar esquecer o que não se esquece; 
Linda morena de alma daninha que me mata e cresce...
Poemas e versos



Eu queria um abraço

Eu moro neste quarto escuro 
De muros tão altos que a luz não me toca, 
A luz me provoca quando se mostra numa fresta da mente insana,
Pobre demente que sou,
Cuspindo arrogância pra me defender.
Mas eu queria mesmo era um abraço.
Ah! um abraço e meus braços se quebrariam, 
Deixando cais a faca para cegar a lima, 
Quem sabe um riso na face, 
Depois de tatuar a amargura na rima;
Quem sabe a ternura
depois da loucura me habitar a alma aloprada.
Depois da cara no chão,
Quem sabe uma nova paixão.
Ah! Eu queria um abraço,
Feito um atalho que é desvio pra quem anda triste,
Um arrepio pra quem foge do ateio de todo mal que existe;
Feito um bicho que foge do fogo
Pra se acalentar no seio materno.
Mas meu quarto é escuro,
Não tem fogo, nem seio, nem luz e nem braços,
Não tem braços para me libertar,
Não tem alegrias,
mas tem o mormaço
E tem gente fria pra me incomodar.
Minha morada é sombra escondida,
Não tem hora certa para me torturar,
Eu sou bicho arisca, pareço um cangaço,
Eu quero um abraço para aliviar.
meu quarto é escuro,
A luz não me toca,
A luz me provoca.
Mas eu queria mesmo era um abraço.



Espectro 

Já não pertenço a nenhum lugar.
Não sou daqui, nem de acolá,
Por onde vim não vou voltar.
Sonho em ser eu,
Não sei me ser,
Saber quem sou, 
Não sei saber.
Fui semeando os meus passos entre os povos,
fui me deixando em ruas que morei,
Fui me perdendo conforme ia me doando,
Não me vi despedaçada
Nas esquinas que dobrei.
Sou espectro!
Os meus fantasmas me assombram com pavor,
O meu espelho me reflete um perdedor,
Não sou daqui,
E nem do ódio e nem do amor.
Sou do vazio, sou o plágio, a objeção.
Eu sou vagante desde memórias milenares,
Sou itinerante, 
De pouco nascida, de muito vivida,
Mas sempre errante entre tantos altares.
Talvez exista uma crença que justifique este erro:
Minha existência,
Pois desejo morrer desde então.
Talvez eu ainda queira,
Talvez eu ainda viva, quem sabe, uma vida inteira.
Quem sabe me há pouca vida.
Talvez eu ainda suma,
Ou ainda assuma meus erros para ser perdoada;
Talvez seja tudo lenda,
E não há futuro,
E não há passado.
E, se a vida for um jogo passageiro,
Talvez eu me arrependa de não me ter extravasado...
Poemas e versos



Entre utopias e verdades

Eu prefiro a solidão,
Ela não mente, não engana, não trai;
Ela se mostra, desengraçada,
Enrustida na ausência que me devora quando a alma está em silêncio.
Eu prefiro a saudade,
Tepidamente nua,
Que me ensina, dolorosamente, 
o valor do que se foi, tantas vezes, sem o reconhecimento devido.
Eu prefiro a verdade,
Fatídica,
Por vezes atroz, e até mesmo agressiva;
Com ela posso travar uma guerra justa,
Sem a demagogia dos falsos,
Sem o perigo dos mentirosos,
Longe da alienação das utopias que me lançam ao abismo.
Eu prefiro esta realidade,
de garras felinas
mas de essência, genuinamente, benigna.


!PERDIDA NA NOITE!