Bem vindo

Bem vindo

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Sozinha

Perdida num mundo ao qual eu não me sinto fazer parte dele..
Desgostos atrás de desgostos, e a vida sempre que insiste em me mandar a baixo..
Por momentos sinto que não sou capaz de avançar no dia a dia, tudo se desmorona, tudo se torna uma incógnita nesta mundo ingrato.
Quando penso tudo estar a mudar, que tudo vai bem, não.
Na realidade as coisas acontecem e nós nos afundamos no mais profundo abismo da amargura.
Dizer que tudo está bem é fácil, dizer que somos a pessoa mais feliz deste mundo é fácil, o difícil é quando estamos sozinhos atrás das cortinas escondidos do mundo, um mundo que tanto nos procria como nos destrói.
Mulheres de honra há poucas e são essas poucas que ninguém respeita, ninguém vê que são as pessoas em quem podem confiar.
Para quê confiar no nosso semelhante, quando ele é o próprio a estragar essas mesma confiança que lhe damos?
Para quê confiar em pessoas que até de pés juntos juram nos amar quando o único objetivo delas é nos destruir?
Porquê ser a pessoas mais sincera, verdadeira e bem intencionada quando de seguida o que nos dão é uma punhalada nas costas sem darmos por ela?
Chegue a um ponto na nossa vida, que agente já não sabe se é melhor viver ou morrer.
Viver sem razão, sem sentido, ou sem motivos não adianta.
Sozinha num buraco escuro onde luz nenhuma consegue chegar, buraco esse que leva as nossas amarguras, que nos isola de tudo e todos, mundo escuro esse que mais dia menos dia nos tornamos viciantes a ele.
Passamos a querer pertencer ao negro e não ao claro, começamos a nos tornar nas pessoas mais frias que o mundo tanto reclama.
E aqui se tora o ciclo vicioso, o aponta o dedo por tudo e por nada, de uma pessoa ser fria, ser só, optar por não querer conviver com mais ninguém.
O ser humano é  a especie mais perigosa que possa existir e cada vez menos humanos honestos, sinceros, verdadeiros existem.
O que fazer de um coração que trás um punhal nele cravado?
O que fazer perante a situações descontroladas?
Exigências e mais exigências, é tudo o que nos pedem, mas não sabem dar.
Cansei, estou cansada, vida ingrata.
No qual damos, e damos mas nada recebemos.
Amores  que se dizem amar, já não sabem o que é amar, já não sabem o que é respeitar..
Hoje em dia já não existe amor, mas sim interesse por parte de alguém.
Porque ter uma casa enorme cheia de riquezas quando não se tem o essencial?
De nada adianta.
Uma vida vazia sem sentimentos verdadeiros, sem respeito sem consideração
E depois os loucos somos nós e nunca o outro, porque no ponto de vista de cada um, cada qual é que tem a sua razão, seja ela plausível ou não.
Porquê continuar uma vida assim?
Pessoas nos usam como se fossemos objetos, e usam os objetos como se fossem pessoas.
Toda a gente conspira por uma verdade que não é verdade.
Todos temem algo e se usam do próximo, ferindo o coração desse mesmo sem dó nem piedade.
Por vezes chega a hora de calar o coração e dar lugar á razão.
Que adianta usar um coração que de nada nos vale e só nos consome?
NADA!!!
Que raiva, raiva de mim, por um dia voltar a confiar no inconfiável, raiva de mim por abrir portas ao desconhecido, raiva de mim por voltar a dar uma oportunidade a algo que a vida tanto insistiu em me mostrar que não valia a pena.
Por vezes é assim que se tornam pessoas delinquentes, sem pena, sem que pensem antes de agir por algo.
Estou cansada, ferida e magoada
Nada me vale avançar num caminho sem retorno e sem fim.
Caminho esse que o fim não será um jardim de flores, ma sim um cemitério de ortigas e silvas!
Agora sobre a flor mais doce no jardim dos ossos acabo por adormecer. 
Na terra úmida, minhas lágrimas já secaram, a tristeza consumiu a minha essência, o tempo levou o meu sorriso, minha vida foi roubada, é tudo o que sobrou do meu pobre coração. 
Agora só me resta fazer uma sepultura escura e silenciosa. 
Gostamos dos venenos mais lentos, das bebidas mais poderosas, dos cafés mais amargos. Temos um apetite voraz. E os delírios mais loucos, e depois sofremos por isso mesmo! 
Perdida na Noite


!PERDIDA NA NOITE!