Porque será que dizes isso?
Porque será que fazes isso?
Na verdade, estas duas questões acompanham-me tantas vezes, principalmente quando olho e vejo as reações dos outros ou quando leio o que escrevem.
E muitas vezes não percebo...
Custa-me ver tantos corações entulhados de coisas e coisinhas, de palavras vazias, de sentimentos, de razões e argumentos que desaparecem em segundos... Custa-me!
Custa-me perceber que a tua luta pela construção da chamada "civilização do Amor" ou a do "Homem-novo", tenha sido lançada, que se tenha iniciado este projeto e agora se tenta deixando a meio... e afinal de quem é a culpa?
Do outro?
De mim?
De ti?
Não, a culpa não é só do outro, a culpa tem sempre dois culpados... Eu e o outro!
Sim, sou culpada quando critico, mas não lhe digo...
Sim, sou culpada quando me sento à espera do seu erro ou do seu momento menos feliz...
Sim, sou culpada quando me julgo ser detentor da verdade absoluta e não dou espaço para ouvir...
Sim, sou culpada quando faço as coisas com outra intenção, que não o amor ou o crescimento de ambos...
Sim, sou culpada quando amo de boca e não com o coração...
Sim, sou culpada quando penso que só por fazer algumas coisas ou estar nalguns projetos, já não tenho mais nada, o outro se quiser que faça...
Sim, também sou culpada...
Confesso que estou cansada...
Confesso que aquilo que melhor define este meu sentimento é um slogan muito conhecido por todos...
"Falam, falam, falam... Mas eu não os vejo a fazer nada..."
Basta!
Basta de se fazer tanto "alarido"!
Basta de se olhar para aquilo que o outro fez ou não fez.
Basta de se reparar naquilo que o outro disse.
Basta de se olhar para aquilo que o outro deu.
Basta!
Sejamos pessoas crescidas, mas acima de tudo sejamos cristãos conscientes e responsáveis. Olhemos para o J.C., que foi acusado injustamente; negado pelo amigo; e o que disse Ele? Nada, calou-se e amou... Amou até ao limite e como isso não era suficiente ainda perdoou...
O que afasta o Mundo da Igreja, não é a veracidade ou tempo que têm o velho ou novo testamento.
O que afasta o Mundo da Igreja, é o exemplo daqueles que se dizem cristãos. Sim, é o meu, o teu, o nosso exemplo é que afasta o Mundo do sonho de Deus...
Se pensares bem, Deus deu-nos dois olhos, dois ouvidos, dois braços e duas pernas, porém só nos deu uma boca... Porque será?
Talvez, seja a mensagem clara que devemos falar menos, observar mais, ouvir mais e servir mais...
Pensa nisso...
Pinguim Alegre
Em Silêncio
Já prestaram atenção como os filmes de terror ou se passam de noite ou em lugares desertos?
Pois é, assim é a vida de quem vive na solidão.
Deserta, noturna e cheia de incertezas e medos.
Como um eterno paroxismo na alma, tentamos sobreviver dia após dia pensando como será nosso amanhã, se é que existe um para nós.
Ah!... Suspiro imaginando quando algo diferente irá acontecer.
Hoje a solidão tornou-se um lugar comum.
Sufocamos no vazio, choramos para ninguém em especial e questionamos o por quê de tudo.
Questionamentos são a ambivalência maior pela qual passamos.
Eu penso que questionar não ajuda muito, também nos faz ir atras de respostas, sejam elas boas ou más.
Escrevo esta postagem em solidão absoluta.
Ouço o tempo passar implacável e inexoravelmente rumo ao desconhecido e fico a pensar como será o fim de tudo, o fim destas dores.
Sei que lamentar não ajuda, mas meu querido e estimado leitor, preciso expurgar este sentimento dentro de mim.
Quem sabe amanhã possa eu sentir uma lufada de alívio para esta mão que aperta meu peito, que pressiona meu coração contra uma parede fria e me faz sentir tão deslocada.
O medo é um companheiro tão fiel, e num mundo carente de fidelidade, talvez devesse fazer as pazes com ele e tratá-lo melhor, afinal, ele já salvou a minha vida algumas vezes.
Mas a amizade com o medo é um relacionamento ambíguo.
Tenho pesadelos constantemente, em parte culpa de um remédio que tomei, um antidepressivo que provoca tais efeitos, mas em parte por causa das cicatrizes.
Os sonhos são a forma que o teu subconsciente apresenta algo retido no seu interior.
Segundo os cientistas, o pessimismo é um fator genético, logo não há muito que fazer em relação a um pessimista. Junte-se as duas coisas e o resultado será uma pessoa não muito agradável para se ter por perto.
E as pessoas no seu egoísmo não pensam duas vezes antes de se afastar.
O mundo não tem paciência para oferecer e o teu seu coração se partir tu terás que juntar os pedaços sozinho.
É a velha filosofia de guerra: aceita que tu já estas morto e quem sabe, sobreviverá.
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