Bem vindo

Bem vindo

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Caminhando na solidão

Oscilação Momentânea 

Foi-se tudo... Os dias aprazíveis e do sol os raios,
Ficou apenas a solidão reinando no meu espaço...
Daí a minha tristeza e desvarios,
Que expurgam totalmente a minha felicidade!

Nada lamentaria se estivesses presente,
Aquecendo os meus momentos com ternuras...
Mas sempre estás ausente,
E prevalece a visão acinzentada das nossas ruas!

Quedo-me mais uma vez pensativa,
Do mundo em parte esquecido,
E nada aquece a minha vivência!

Desesperada convivo com o atual momento,
Sentindo-me distanciada de entretenimento,
Cercada de dúvidas, sem evidências!
Jairo Nunes Bezerra


Chegou a hora

Com os olhos fechados 
Caminhando pela escuridão
Percebendo as lágrimas escorrerem por seu rosto
Sem motivos
Elas caem como a chuva
E mesmo assim não encontrando uma explicação para elas
Mas, continuo andando
Apenas andando
Com os olhos fechados
Sem idéias 
Sem entender 
Com a caneta escorrendo de meus dedos
Com idéias deturpadas
Com vários papeis amassados
Mas, ainda com os olhos fechados
Ainda com idéias pendentes
Mas, ainda sem minha caneta
Ainda sem minhas idéias 
Ainda com lágrimas inexplicadas 
Ainda sem conseguir falar
Quem sabe seja a hora 
Hora de Ele voltar
Mas, voltar definitivamente! 
Pablo S Rosa



Desencontrada

Hoje me vejo como se uma pequena ave que sem direção se vê...
Voando sobre os dias mais sombrios e noites escurar e silenciosas...
Voando sem rumo, sem destino, sem direção...
Pousando sobre um galho em meia noite, fixa o olhar em vários pontos...
Sozinha no meio do nada, vêm-me as incertezas a ideia...
Mas afinal o mundo não deveria ser um mundo melhor onde se pode-se viver em paz?
O que é que eu estou aqui a fazer?
Decepções e mais decepções 
É como se me estivessem a torturar
A minha alma, que chora sem se acalmar
Por momentos, assim como num pequeno apside só dá vontade de sair
Partir sem nada, sem ninguém 
Desaparecer preciso, sumir como se nunca tivesse existido é necessário..
Asim como a morte abafa qualquer tipo de problemas, sentimentos, desorientações
Também eu queria que o inserto da vida numa noite escura me levasse 
O grito de uma alma que de negro se tem vindo a vestir, com sangue a ferver e vontade e fazer mal...
Matar esses seres de que nada nos servem, de que magoas nos enchem
Seres que nem num abismo se poderiam reter, 
Hora se vê um sorriso que por instantes meigo e puro parece
Como de repente as vestes do diabo veste, e sem olhar com um pingo de dó tudo destrói
Maldito sejas tu que em meias verdades, meias mentiras brincas com vidas
Nunca pensando que um dia, és tu quem vai ser engolido pelas chamas do inferno, queimar até que te derretas por completo...
E eu.. Eu como um pássaro negro que a amargura trás no peito, te pico, te piso e te mato, como se nada fosses...
Desejos de um olhar sangrento que no coração ódio trás aos seus semelhantes 
só desejo que um dia caias, mas que caias sem um único toque que te ampare
Que sofras nas garras de teus antepassados todos os males que causaste
Sem dó nem piedade...
Mereces morrer, mereces derreter como se um espeço monte de sangue saísse de um corpo todo esquartejado... 
Com esta solidão, vontade de matar, lá me vou sem uma unica alma atacar...
Sem romo na vida, me quero perder...
Quero que sem os olhos me enxergou de mim se lembre e para quem não enxergou que nunca saiba da minha existência...
Sozinha sem um único ser a acompanhar-me parto, parto sou eu e esta dor que insiste em me deixar só, deprimida, sem orientação e vontade de me perder num abismo onde nada se possa mover...
Morrer ou sobreviver, não sei.. 
Conforme a vontade, do daqui a bocado ou do amanha...
Perdida na Noite



Deixa-me 

Corta, mas não deixes esperança...
Pisa, mas pisa bem para que eu não me volte a levantar...
Apunhala-me, mas faz bem até que consigas a minha morte...
Deita-me aos lobos, mas deita na queles bem agressivos...
Bate-me, mas bate ao ponto de já mais me levantar...
Prende-me, prende em algum lugar bem reforçado para que eu jamais possa sair...
Brinca com o meu coração, goza bem esse momento...
Maltrata-me, mas não deixes forças a pairar...
Ignora o meu lamentar, o meu sofrer, e vai para bem longe...
PORQUE...
Porque te juro que se não fizeres tudo isso bem feito, sou eu quem te vai espetar na cruz da dor
Sou eu quem te vai matar, sem dó nem piedade sem sequer me preocupar com a tua dor...
Se não fizeres tudo isso bem feito, não me vais estar a matar ou a torturar
Vais estar a criar um animal feroz que quando sair já mais coração terá...
E ai eu não vou mais ter pena de ninguém, nem maus feitores nem inocentes...
Por isso faz bem o que mais gostas de fazer.. 
Mas não me deixes sobreviver ou iras-te arrepender! 
Perdida na Noite



No silêncio do meu caminhar

Tudo é silêncio na noite do tempo
Onde procuro respostas para perguntas
Que nem eu mesma sei quais são.
Não quero saber qual será o fim
Porque nem sei coo aconteceu o inicio
Se é que houve um começo.
Ando devagar pela estrada à minha frente 
E não tenho pressa de chegar
Pois não sei onde meus passos me levam.
Quero viver na solidão
Que me tira os seus olhos
E descansar-me na esperança
De encontrar o seu sorriso só mais uma vez.
Tudo é deserto por onde ando
E sinto na pele o sol escaldante
De uma tarde de verão.
Saber que você existe 
Causa em mim uma angústia
De não poder estar junto à fonte da alegria.
Seus olhos tão meigos 
Sempre estavam ali sozinhos
Como um convite ao amor.
Prossigo no silêncio do meu caminhar
E ouço a sua voz ao longe
E ouço também a sua risada
E sei que está feliz.
Meu coração bate mais forte
Quer te encontre e não sabe como será
E eu para de caminhar
Quero descansar de tudo isso.
Mas, em meus olhos já não há lágrimas
Para que as deixem cair.
Não há uma sombra sequer para recostar-me
E meus pés estão cansados.
Olho para o horizonte
Não sei se consigo chegar
No lugar de onde sai.
No silêncio do meu caminhar
As perguntas continuam sem respostas.
Odair


Carma 

Será mesmo um carma de quem ama viver este drama?
Será uma especificidade do amor a contradição?
Esta alegria forjada,
Noutrora cansada,
Pesares e euforias rasgando o peito,
Competindo o mesmo espaço num coração.
Conceitos afrontados daquele que diz "Isto não aceito ou não faço"
Já se vendo arrastado pelo orgulho ferido.
A paixão é o perigo.
O medo de perder ou se perder.
O medo de sonhar e se acabar,
A paixão não tem razão.
Pode andar sem pés no chão,
Pode cegar-te o entendimento 
E profundar-te em sofrimento.
Segue assim calada,
Torturando o ego,
Sorrateira, surda e cega.
...de repente abalada,
Exaurida,
Achacada...um espectro,
De repente um nada.
O humor absoleto,
Os quereres em duetos
Os suores em sonetos,
Utopicamente, a rimar felicidades...




Escassez

Onde estão eles? Humanos?
Suas mãos estão cheias de danos,
Seus pés vacilam na sorte,
Desejando o mal do amigo,
Do parente,
Do vizinho,
Do estranho,
Vão sozinhos
Desejando a todos a morte.
Quer gentilezas mas não sabem onde encontrar,
Porque o mundo fez-se escassa a caridade,
A bondade,
A amizade.
Fez-se escassa a verdade
Com a politica devassa 
Que leciona à sociedade
pregando o dom de transpassear.
Assim se cresce,
Assim se sobe,
Assim se vence,
Assim se mata.
Onde estão eles? Princípios Cristãos?
Onde o amor é a matriz.
Fez-se de Judas, o seguidor,
No traidor pôs-se a raiz.
Onde encontrar?
Um bom concelho,
Um bom amigo,
Um vinho doce,
Um amor benigno
Um bom dia, boa tarde ou boa noite?
Onde?
A tolerância 
A maresia,
A benevolência
A alegria
A amizade, desinteressadamente, inocente?
A língua infame,
Um velho sábio no chão sangrando,
E quem se interessa?
Se todos se apressam
Na busca perene das posses mundanas.
E nessa pressa
Vão se perdendo,
Não há promessas
De dias amenos,
E quem se interessa?
E quem vê ao menos?
O tempo é dinheiro
E o dinheiro é o veneno.




Estou cansada, e pesa-me nos ombros a raiva de me permitir fazê-lo..
Sou humana, mas não deveria sê-lo, seria mais fácil ter uma pedra no peito do que um coração carniceiro!
Assim não levaria nas costas o fardo dos meus entes queridos, não me mataria ao ver quem amo ferido...
Não me afogaria ao ver o fim do mundo tão próximo.
Assim não daria o gosto do mal estar ao estranho, e nem teria estas rugas danando cabe do meu rosto; não me importaria de partir, errar, desistir...perder ou ganhar.
Estou cansada da ânsia da busca constante, de acordo entremeio sonhos pequenos e gigantes, tentando convencer-me de que sou apenas uma viajante.
Melhor recostar minhas penas na poltrona do descaso.
Quem me dera poder desatar os nós e pensar em mim; sorrir para mim, bocejar e simplesmente dormir...
Perdida na Noite 



Cala-te

 Não me digas o que devo dizer...
O que digo é para tu entenderes que tudo o que disse, eu não digo..
E não disse o que quero dizer...
O que penso está no meu pensamento, e não penses que é o que tu pensas..
Penso agora o que não pensei noutro momento, 
E sei que pensas que são teus os meus sentimentos...
Falas como eu sei que falas. apara todos os teus amigos falas...
E falas que falo eu!
Falas por mim o que não falo de ti.
E falas de mim o que dizem que falas?
Por que não te calas?



Pensas

Me dá pena reconhecer os restos do que já passou; 
É coisa triste quando o peito insiste em guardar rancor.
Me dá pena ver o amor, de belo em feio, se transformar, sentir tanta mágoa, que não há palavras para nominar.
A pena lacera quando o fogo queima sua fotografia; 
O nosso beijo sangra num momento, homérico, de nostalgia. 
A dor trespassa nas cartas rasgadas que me dedicaste; 
Lembranças vastas de tantas promessas que me suplicastes; 
Me dá pena tentar esquecer o que não se esquece; 
Linda morena de alma daninha que me mata e cresce...
Poemas e versos



Eu queria um abraço

Eu moro neste quarto escuro 
De muros tão altos que a luz não me toca, 
A luz me provoca quando se mostra numa fresta da mente insana,
Pobre demente que sou,
Cuspindo arrogância pra me defender.
Mas eu queria mesmo era um abraço.
Ah! um abraço e meus braços se quebrariam, 
Deixando cais a faca para cegar a lima, 
Quem sabe um riso na face, 
Depois de tatuar a amargura na rima;
Quem sabe a ternura
depois da loucura me habitar a alma aloprada.
Depois da cara no chão,
Quem sabe uma nova paixão.
Ah! Eu queria um abraço,
Feito um atalho que é desvio pra quem anda triste,
Um arrepio pra quem foge do ateio de todo mal que existe;
Feito um bicho que foge do fogo
Pra se acalentar no seio materno.
Mas meu quarto é escuro,
Não tem fogo, nem seio, nem luz e nem braços,
Não tem braços para me libertar,
Não tem alegrias,
mas tem o mormaço
E tem gente fria pra me incomodar.
Minha morada é sombra escondida,
Não tem hora certa para me torturar,
Eu sou bicho arisca, pareço um cangaço,
Eu quero um abraço para aliviar.
meu quarto é escuro,
A luz não me toca,
A luz me provoca.
Mas eu queria mesmo era um abraço.



Espectro 

Já não pertenço a nenhum lugar.
Não sou daqui, nem de acolá,
Por onde vim não vou voltar.
Sonho em ser eu,
Não sei me ser,
Saber quem sou, 
Não sei saber.
Fui semeando os meus passos entre os povos,
fui me deixando em ruas que morei,
Fui me perdendo conforme ia me doando,
Não me vi despedaçada
Nas esquinas que dobrei.
Sou espectro!
Os meus fantasmas me assombram com pavor,
O meu espelho me reflete um perdedor,
Não sou daqui,
E nem do ódio e nem do amor.
Sou do vazio, sou o plágio, a objeção.
Eu sou vagante desde memórias milenares,
Sou itinerante, 
De pouco nascida, de muito vivida,
Mas sempre errante entre tantos altares.
Talvez exista uma crença que justifique este erro:
Minha existência,
Pois desejo morrer desde então.
Talvez eu ainda queira,
Talvez eu ainda viva, quem sabe, uma vida inteira.
Quem sabe me há pouca vida.
Talvez eu ainda suma,
Ou ainda assuma meus erros para ser perdoada;
Talvez seja tudo lenda,
E não há futuro,
E não há passado.
E, se a vida for um jogo passageiro,
Talvez eu me arrependa de não me ter extravasado...
Poemas e versos



Entre utopias e verdades

Eu prefiro a solidão,
Ela não mente, não engana, não trai;
Ela se mostra, desengraçada,
Enrustida na ausência que me devora quando a alma está em silêncio.
Eu prefiro a saudade,
Tepidamente nua,
Que me ensina, dolorosamente, 
o valor do que se foi, tantas vezes, sem o reconhecimento devido.
Eu prefiro a verdade,
Fatídica,
Por vezes atroz, e até mesmo agressiva;
Com ela posso travar uma guerra justa,
Sem a demagogia dos falsos,
Sem o perigo dos mentirosos,
Longe da alienação das utopias que me lançam ao abismo.
Eu prefiro esta realidade,
de garras felinas
mas de essência, genuinamente, benigna.


!PERDIDA NA NOITE!


sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Desafio da vida

Desafios 

A vida só é possível através dos desafios.
A vida só é possível quando tu tens tanto o bom tempo quanto o mau tempo, quando tens prazer e dor;
quando tens inverno e verão, dia e noite; quando tens tristezas tanto como felicidade, desconforto tanto quanto conforto.
A vida passa entre essas duas polaridades.
Movendo.te entre essas duas polaridades, tu aprendes a equilibrar.te.
Entre essas duas asas, tu aprendes a voar até à estrela mais brilhante.



Aprendi que...

A beleza de um casamento consiste em viver os desafios de cada dia.
A tua "felicidade" só depende de ti, ninguém deverá carregar esse fardo por nós...
As palavras devem ser medidas, pois deixam marcas.
Atenção e carinho traz segurança e confiança...
Dar presentes, fazer boas surpresas e reservar algum tempo, aproveitar bons momentos, renova o amor do casal..
Aprendi que...
Conversar é a melhor solução para os problemas, guardar mágoas pode causar danos irreversíveis.
Controlar as finanças e planejar o futuro é necessário.
A relação sexual deve ser discutida, respeitada, realizada com amor e carinho.
A compreensão torna a vida mais tranquila.
A lealdade e fidelidade são necessárias.
Aprendi que...
O Amor verdadeiro que une as pessoas vem de Deus.
E a felicidade de um casal só esta completa com Deus na tua vida.



Um dos grandes desafios da humanidade é aprender a arte de comunicar-se.
Da comunicação depende, muitas vezes, a felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra.
Que a verdade deve ser dita em qualquer situação, não resta dúvida.
Mas a forma com que ela é comunicada é que tem provocado, em alguns casos, grandes problemas.
A verdade pode ser comparada a uma pedra preciosa.
Se a lançamos no rosto de alguém pode ferir, provocando dor e revolta.
Mas se envolvermos em delicada embalagem e a oferecermos com ternura, certamente será aceite com facilidade.
Contos árabes




Quantas vezes chegamos a casa e nos deparamos que mais uma semana infindável de desafios passou?
Medos e promessas.. Acabamos por adormecer nos braços do desconhecido, e depois acabamos por acordar sem nos conhecermos a nós próprios..
As mudanças nem sempre são breve, afinal reconhecermos os nossos próprios erros, mudarmos a navegação do nosso tempo emocional não é uma tarefa fácil...
De outra desilusão nos condenamos e depois acabamos por condenar com uma pena, quem tenta ou ao nosso ver quer vir remexer numa ferida dolorida...
Diz-se que a felicidade é um vício.. Não concordo...Vício é quando optamos nos fechar para o mundo e queremos só ter o nosso espaço deserto, com todas as armar, todos os meios de derrubar magoas, vivendo como se imortais e sem ninguém precisar...
Sem tratamento avança sobre a nossa perspectiva, rouba o nosso brilho, e depois tardiamente damos-nos conta da ausência da luz! 
Somos a escuridão em volta dos nossos próprios sonhos, da nossa própria felicidade...
Cabe-nos a nós permitir a partida de algo que achávamos ser bom, quando afinal só nos faz sofrer e não mais nos deixa respirar... e perceber quando uma perda é irreparável. 
Pedir perdão quando nossos lábios anseiam por um beijo, permitir um abraço emocionado todas as manhãs ou garantir um único aceno quando for necessário entregar o corpo e a alma a outros braços...
Perdida na Noite



Nós humanos, temos ma grande dificuldade de esquecermos o que ficou para trás no tempo, são fatos, pessoas, traumas que a cada instante nos veem à mente, e sem contar aqueles que causaram dores no íntimo da alma, dando um certo pensar no nosso cotidiano.
Mas se analisarmos bem todas estas situações e pessoas, devemos agradecer pelo mal maior que aconteceu, por o que de mal aconteceu, pois serviu de lição e por o que de bom aconteceu...
Deveríamos ter o pleno domínio das situações, mas vem o famoso livre arbítrio e é ai que tudo muda, não escolhemos o certo ou o errado são apenas escolhas e suas consequências boas ou más, nisto acrescentamos o perdão, o esquecimento, humildade, a força da superação...
Não existe o acaso, tudo tem um porquê, pessoas, fatos; isto serve para o bem ou mal, que nos incentivarão a mudar e a aprender. Eternamente!




      
Quem é que disse que seria fácil?
As dificuldades que nos deparamos no nosso cotidiano engradecem a nossa alma, fazem com que agente queira conquistar o impossível.. Fazem.nos ter forças para renascer vezes sem conta...
Fazem.nos querer saltar tudo, lutar contra tudo e todos, com uma armadura vestida como se fossemos saldados de um exercito imortal..
Até que vêm as tempestades e nos recolhemos com os nossos sofrimentos, lamurias, desgostos, raivas, até que passem.. No mais pequeno instinto que tenhamos que essa tempestade passou pelo menos um bocado, voltamos a sair do conforto obscuro e damos a volta por cima..
Perdida na Noite




Desafios da vida
Os desafios da alma não são fáceis, mas o crescimento que advém da aceitação desses desafios é sempre compensador.
Não aceites viver uma vida medíocre só porque é mais fácil.
O mundo, felizmente, será sempre cheio de desconhecidos: de alturas que nunca foram alcançadas, lugares que nunca foram vistos, ideias que nunca foram pensadas, criações que nunca foram criadas.
Não é preciso que sejam imensas alturas, nem fantásticas ideias, nem estupendas criações... Basta que seja um pouco mais que o teu limite de agora...
Não caias na tentação de aceitar limites confortáveis, onde procurarás simplesmente viver do leito que der e até quando puder.
Se tu te esforças em ampliar os teus limites, um pouco de cada vez, porém sempre mais, sempre expandindo, descobrirás a verdadeira finalidade da vida.
E o prazer de vencer o maior dos desafios: superar-te a ti mesmo.
Descobre o teu caminho, pois ninguém mais pode descobrir-lo por ti... 
E segue-o, pois só tu podes trilhá-lo.
Respeita os teus sonhos e ideias e nunca desistas deles, pois eles são a única coisa concreta num mundo de sombras em eterna mutação..
Professor Galvão

!PERDIDA NA NOITE!



quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Triste ilusão

    
Nunca mais

Sinto muito por me perder em ti
minha alma já não é a mesma
Todo seu desprezo me deu a certeza 
nunca mais verei a beleza
De um ser que me fez forte
Contigo eu tive sorte
Reneguei toda a maldição
mas agora vivo na escuridão
teu adeus foi o meu fim
nunca mais voltarás para mim
Letícia Lie Peters


                    
Vida

Desencarnar-te-ei da minha vida
Fizeste um estrago massacrando minha fé
Rouba esperanças, agora minha vida inerte
Insegura não encontro forças para te dizimar
Pedaço de carne podre, carniça és o que sois

Maldita hora que nossos caminhos cruzaram
Preciso voltar no tempo e queimar esse pergaminho 
Você profanou minha vida praga do insólito
Sacripanta drenou meu cérebro já nem sei quem sou.

As lágrimas caem como um tumor supurando
Pústula maligna que não consigo estagnar
Maldito epistolize infernal é o satanás em pessoa
O odor do teu enxofre paira no ar do mal

Fez-me apodrecer numa cova entre quatro paredes
Jogada ao encontro insólito da tristeza e desespero
Onde andas esperança, quero uma solução
Quero exorcizar minhas vísceras de ti

Onde andas infeliz que tudo vê
Afastai esse insano pelintra
Para longe de mim, jogai numa latrina
Afasta essa peste para o esgoto

Destrutivo, quero ver você secando
E eu jogando óleo quente em seu ouvido
Que sintas um pouco da tortura que passei
Mesmo fazendo, não me trarás retorno

Meus olhos esbugalhados jorram sangue
Decepcionada meu mundo virou dejetório
Sugador de almas desencarna bicho do além
Espírito zombeteiro parente do lúcifer,

Meu corpo são pedaços de carne morta
Vísceras que secaram, sugado por ti 
Por não querer mais viver vegetando 
Descanso como ser deplorável no chão
Luandabela


   
DOEM IRAS DO DESTINO AQUIETADO FUGAZ

Doem...
Sinto-me caindo na lama suja
Minha carne lateja de dor ao pensar
Pôs dentro à ira borbulha revertendo ódio
Por um sentimento que me fez refém

Iras...
Efêmeros odeiam tudo, a raiva cresce
Tudo em mim é tédio
Sou mais uma parasita do amor
Por não poder ceifar este desejo profano

Destino...
Sangrando estou desesperadamente sem noção
Loucas viradas fizeram de mim
Desejo com todas as minhas forças 
Que tu sejas decapitado por não saberes amar-me

Aquietado...
Na sarjeta estou só, que resta mais fazer
Eu te amo e te odeio sem decidir ao certo perplexa
O odor do teu corpo vem aos cântaros
Acasalando dentro da minha alma

Fugaz...
Sentimentos obscuros por ti ainda o sinto
Que ainda estão pingando excitação
Enferma a vagar sem rumo
Andarei e arderei no inferno por este amor
Fui não quero mais essa aquietação
Luandabela



   
Rios da vida

Os meus rios da vida secaram,
E nada mais as minhas lágrimas derramaram.
Meu sorriso escureceu-se aos meus olhos...
Meus gritos se calam, ao meu silencio.
Morto, meu peito inconstante,
E no mais súbito instante 
A falta do folego me sufoca,
Me mata, me fere...me envolve!
Gotas rubras pingam em minhas feridas,
Sem cores, sem dor, sem vida...
As almas do meu amanhecer de treva.
As sombras nas folhas secas,
O soprar do vento,
A chuva entristecida,
No vago espaço do tempo.
Luan Kleyton



          
Onde não pertenço...

Inutilizáveis correntes que carrego,
presas em meus pulsos de memórias,
vivas em instantes, matando-me, não nego!
O que já não tenho vivo em poucas glórias.

Enterro minhas lembranças de tormento,
no vago espaço de minha alma,
entre caídas flores e pura calma...
O vazio se torna meu contentamento.

Revoadas de escuridão,
entre tantos pensamentos,
misturando-me já, em tanta solidão,
que limita meu sentir de tantos sentimentos.

Suspiros quebram o silêncio intenso,
em cada nebulosa noite fria...
Queria tanto, achar-me onde merecia,
mas só me encontro onde não pertenço.
Luan Kleyton



      
Meu querer....

Quero ser mais do que um presente,
um instante sem sentido...
Um vago momento perdido
em uma lembrança inexistente.

Nada mais do que um olhar assustado,
entre olhares tristes, simples...
Ou entre um único olhar apaixonado!

Quero ser mais do que um toque,
um movimento apenas.
Um vasto jardim de flores pequenas,
e rosas... Puras e inocentes que, sem negar, 
deixarei que me provoquem.

Quero eu, ser uma gota de mar,
que de grande beleza permanece noite e dia.
Um pingo de chuva, que o céu tende a derramar,
anunciando alegre verão que o doce sol se despedia.

Nada sou, por todo meu querer...
Embora nada do que quero tenho à merecer!



          
Perdida 

É assim que hoje me sinto...
Perdida...
Se há momentos na vida em que queremos que tudo acabe, e tudo termine como se nunca tivesse existido hoje é um deles...
Hoje estou de bem, de mãos dadas com a morte...
Tantas confusões, decepções para nos matarem a alma aos poucos...
Será que se eu deixa-se de existir alguém sentiria a minha falta?
Pois não sei... Afinal já nem eu sinto falta de mim mesma..
Aqui sentada em frente a este pequeno ecrã, rosto desfalecido, olhos negros, como se me tivesse acabado de levantar de um caixão.. 
Ando por ai como se fosse um zombie, nada sinto, nada quero, só lágrimas que escorrem pelo meu rosto mais morto que vivo...
Hoje nada me faz diferença, nada quero... 
Onde vou parar assim?
Estou a perder as minhas forças, e não sei mais...
Sei que tenho de levantar, erguer como muitas outras vezes, mas o estado que estou, por opção prefiro deixar-me na solidão...
Sei que com tanta gente à minha volta, nenhum me valerá de nada..
Pois meu coração já se encontra frio, congelado, como se mo tivessem arrancado...
Coisas que não estou a conseguir suportar mais...
Agora aqui com a minha alma latejada, me pergunto: será que mereço tudo isto?
Porque será que tudo me acontece, será que sou assim tão má?
Fiz assim tanto mal na minha vida passada, para que o preço desta seja assim tão alto?
E eu?
Será que vou aguentar mais uma tempestade que me esta a devastar?
Quero sumir... Por e simplesmente quero desistir, desaparecer...
Se calhar no sono eterno na vida, já nada mais me magoará...
Mas eu também não quero por e simplesmente desaparecer, não quero descansar no sono eterno.. Pelo menos por enquanto...
Mas doí tanto.. Tanto sofrimento para um corpo só.. Lágrimas
Lágrimas são a minha companhia de hoje.. Lágrimas que a alma me estão a esquartejar lentamente, e dói.. Dói muito... 
Será que amanhã tudo tenha terminado? Ou daqui a bocado?
Não sei... O que será que eu quero? Não sei...
Confusão, é o que se encontra comigo nesta termenda solidão!
Olho-me ao espelho e o que vejo?
Um reflexo de um corpo lindo, mas que por dentro está morto...
Tirando a realidade do meu corpo físico, troco por um corpo branco, quase como morto, uma alma negra que só chora..
Choro este que me está a enfraquecer, a tirar as forças para a aproxima batalha que se aproxima..
Como irá ser amanhã?
Tenho medo, de por e simplesmente deixar de existir..
Mas hoje ando de mãos dadas com a morte, pois ela me abraça num negro véu de foice ás costas, á espera que eu ceda para me levar ate à morte...
Perdida na Noite 



     
Marca no peito

Sinto-me uma dormência no meu peito,
embora a lamina já atravesse o outro lado.
Meu olhar de espanto, constantemente apavorado,
marcando no meu corpo um defeito.

Sorriso falso no meu rosto,
falsamente forçando a alegria,
e mesmo com a amarga dor - Eu poderia,
embora doa, matar meu gosto.

Sanguinária ferida aberta,
sai de mim a vida que já não és Tão forte,
no profundo vago que tanto aperte,

A alma pálida que abri-me o corte,
e sai de mim o grito que não mais desperta,
no ultimo sopro, levai-me a morte. 
Luan Kleyton


          
Morro a cada dia...

Morro a cada sentimento sem vida,
mas revivo em cada alegria escondida.
Junto ao meu peito que tanto chora...
Revivo no mundo onde,
quanto mais se tem medo,
mas a dor demora!
Realidade infinita
em olhos vazios de esperança,
Esperança pouco vista
nos olhos de uma simples criança.
Morro a cada tremor de terra,
a cada forte tempestade...
A cada triste fim de tarde,
a cada inicio de uma guerra...
Morro onde a morte já se encontrar,
onde nada mais tem graça...
Morro aqui,
onde meu pensamento demonstra
um mundo rico de desgraças.
Luan Kleyton


!PERDIDA NA NOITE!