Nunca mais
Sinto muito por me perder em ti
minha alma já não é a mesma
Todo seu desprezo me deu a certeza
nunca mais verei a beleza
De um ser que me fez forte
Contigo eu tive sorte
Reneguei toda a maldição
mas agora vivo na escuridão
teu adeus foi o meu fim
nunca mais voltarás para mim
Letícia Lie Peters
Vida
Desencarnar-te-ei da minha vida
Fizeste um estrago massacrando minha fé
Rouba esperanças, agora minha vida inerte
Insegura não encontro forças para te dizimar
Pedaço de carne podre, carniça és o que sois
Maldita hora que nossos caminhos cruzaram
Preciso voltar no tempo e queimar esse pergaminho
Você profanou minha vida praga do insólito
Sacripanta drenou meu cérebro já nem sei quem sou.
As lágrimas caem como um tumor supurando
Pústula maligna que não consigo estagnar
Maldito epistolize infernal é o satanás em pessoa
O odor do teu enxofre paira no ar do mal
Fez-me apodrecer numa cova entre quatro paredes
Jogada ao encontro insólito da tristeza e desespero
Onde andas esperança, quero uma solução
Quero exorcizar minhas vísceras de ti
Onde andas infeliz que tudo vê
Afastai esse insano pelintra
Para longe de mim, jogai numa latrina
Afasta essa peste para o esgoto
Destrutivo, quero ver você secando
E eu jogando óleo quente em seu ouvido
Que sintas um pouco da tortura que passei
Mesmo fazendo, não me trarás retorno
Meus olhos esbugalhados jorram sangue
Decepcionada meu mundo virou dejetório
Sugador de almas desencarna bicho do além
Espírito zombeteiro parente do lúcifer,
Meu corpo são pedaços de carne morta
Vísceras que secaram, sugado por ti
Por não querer mais viver vegetando
Descanso como ser deplorável no chão
Luandabela
DOEM IRAS DO DESTINO AQUIETADO FUGAZ
Doem...
Sinto-me caindo na lama suja
Minha carne lateja de dor ao pensar
Pôs dentro à ira borbulha revertendo ódio
Por um sentimento que me fez refém
Iras...
Efêmeros odeiam tudo, a raiva cresce
Tudo em mim é tédio
Sou mais uma parasita do amor
Por não poder ceifar este desejo profano
Destino...
Sangrando estou desesperadamente sem noção
Loucas viradas fizeram de mim
Desejo com todas as minhas forças
Que tu sejas decapitado por não saberes amar-me
Aquietado...
Na sarjeta estou só, que resta mais fazer
Eu te amo e te odeio sem decidir ao certo perplexa
O odor do teu corpo vem aos cântaros
Acasalando dentro da minha alma
Fugaz...
Sentimentos obscuros por ti ainda o sinto
Que ainda estão pingando excitação
Enferma a vagar sem rumo
Andarei e arderei no inferno por este amor
Fui não quero mais essa aquietação
Luandabela
Rios da vida
Os meus rios da vida secaram,
E nada mais as minhas lágrimas derramaram.
Meu sorriso escureceu-se aos meus olhos...
Meus gritos se calam, ao meu silencio.
Morto, meu peito inconstante,
E no mais súbito instante
A falta do folego me sufoca,
Me mata, me fere...me envolve!
Gotas rubras pingam em minhas feridas,
Sem cores, sem dor, sem vida...
As almas do meu amanhecer de treva.
As sombras nas folhas secas,
O soprar do vento,
A chuva entristecida,
No vago espaço do tempo.
Luan Kleyton
Onde não pertenço...
Inutilizáveis correntes que carrego,
presas em meus pulsos de memórias,
vivas em instantes, matando-me, não nego!
O que já não tenho vivo em poucas glórias.
Enterro minhas lembranças de tormento,
no vago espaço de minha alma,
entre caídas flores e pura calma...
O vazio se torna meu contentamento.
Revoadas de escuridão,
entre tantos pensamentos,
misturando-me já, em tanta solidão,
que limita meu sentir de tantos sentimentos.
Suspiros quebram o silêncio intenso,
em cada nebulosa noite fria...
Queria tanto, achar-me onde merecia,
mas só me encontro onde não pertenço.
Luan Kleyton
Meu querer....
Quero ser mais do que um presente,
um instante sem sentido...
Um vago momento perdido
em uma lembrança inexistente.
Nada mais do que um olhar assustado,
entre olhares tristes, simples...
Ou entre um único olhar apaixonado!
Quero ser mais do que um toque,
um movimento apenas.
Um vasto jardim de flores pequenas,
e rosas... Puras e inocentes que, sem negar,
deixarei que me provoquem.
Quero eu, ser uma gota de mar,
que de grande beleza permanece noite e dia.
Um pingo de chuva, que o céu tende a derramar,
anunciando alegre verão que o doce sol se despedia.
Nada sou, por todo meu querer...
Embora nada do que quero tenho à merecer!
Perdida
É assim que hoje me sinto...
Perdida...
Se há momentos na vida em que queremos que tudo acabe, e tudo termine como se nunca tivesse existido hoje é um deles...
Hoje estou de bem, de mãos dadas com a morte...
Tantas confusões, decepções para nos matarem a alma aos poucos...
Será que se eu deixa-se de existir alguém sentiria a minha falta?
Pois não sei... Afinal já nem eu sinto falta de mim mesma..
Aqui sentada em frente a este pequeno ecrã, rosto desfalecido, olhos negros, como se me tivesse acabado de levantar de um caixão..
Ando por ai como se fosse um zombie, nada sinto, nada quero, só lágrimas que escorrem pelo meu rosto mais morto que vivo...
Hoje nada me faz diferença, nada quero...
Onde vou parar assim?
Estou a perder as minhas forças, e não sei mais...
Sei que tenho de levantar, erguer como muitas outras vezes, mas o estado que estou, por opção prefiro deixar-me na solidão...
Sei que com tanta gente à minha volta, nenhum me valerá de nada..
Pois meu coração já se encontra frio, congelado, como se mo tivessem arrancado...
Coisas que não estou a conseguir suportar mais...
Agora aqui com a minha alma latejada, me pergunto: será que mereço tudo isto?
Porque será que tudo me acontece, será que sou assim tão má?
Fiz assim tanto mal na minha vida passada, para que o preço desta seja assim tão alto?
E eu?
Será que vou aguentar mais uma tempestade que me esta a devastar?
Quero sumir... Por e simplesmente quero desistir, desaparecer...
Se calhar no sono eterno na vida, já nada mais me magoará...
Mas eu também não quero por e simplesmente desaparecer, não quero descansar no sono eterno.. Pelo menos por enquanto...
Mas doí tanto.. Tanto sofrimento para um corpo só.. Lágrimas
Lágrimas são a minha companhia de hoje.. Lágrimas que a alma me estão a esquartejar lentamente, e dói.. Dói muito...
Será que amanhã tudo tenha terminado? Ou daqui a bocado?
Não sei... O que será que eu quero? Não sei...
Confusão, é o que se encontra comigo nesta termenda solidão!
Olho-me ao espelho e o que vejo?
Um reflexo de um corpo lindo, mas que por dentro está morto...
Tirando a realidade do meu corpo físico, troco por um corpo branco, quase como morto, uma alma negra que só chora..
Choro este que me está a enfraquecer, a tirar as forças para a aproxima batalha que se aproxima..
Como irá ser amanhã?
Tenho medo, de por e simplesmente deixar de existir..
Mas hoje ando de mãos dadas com a morte, pois ela me abraça num negro véu de foice ás costas, á espera que eu ceda para me levar ate à morte...
Perdida na Noite
Marca no peito
Sinto-me uma dormência no meu peito,
embora a lamina já atravesse o outro lado.
Meu olhar de espanto, constantemente apavorado,
marcando no meu corpo um defeito.
Sorriso falso no meu rosto,
falsamente forçando a alegria,
e mesmo com a amarga dor - Eu poderia,
embora doa, matar meu gosto.
Sanguinária ferida aberta,
sai de mim a vida que já não és Tão forte,
no profundo vago que tanto aperte,
A alma pálida que abri-me o corte,
e sai de mim o grito que não mais desperta,
no ultimo sopro, levai-me a morte.
Luan Kleyton
Morro a cada dia...
Morro a cada sentimento sem vida,
mas revivo em cada alegria escondida.
Junto ao meu peito que tanto chora...
Revivo no mundo onde,
quanto mais se tem medo,
mas a dor demora!
Realidade infinita
em olhos vazios de esperança,
Esperança pouco vista
nos olhos de uma simples criança.
Morro a cada tremor de terra,
a cada forte tempestade...
A cada triste fim de tarde,
a cada inicio de uma guerra...
Morro onde a morte já se encontrar,
onde nada mais tem graça...
Morro aqui,
onde meu pensamento demonstra
um mundo rico de desgraças.
Luan Kleyton
!PERDIDA NA NOITE!
Sem comentários:
Enviar um comentário