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domingo, 24 de julho de 2016

Uma solitária


Como um fantasma que se refugia
Na solidão da natureza morta
Por trás dos ermos túmulos, um dia, 
Eu fui refugiar-me à tua porta!
Fazia frio e o frio que fazia
Não era esse que a carne nos contorça...
Cortava assim como uma carniçaria
O aço das facas incisivas corta!
Mas tu não vieste ver minha 
Desgraça!
E eu saí, como quem tudo repelo, 
- Velho caixão a carregar destroços-
Levando apenas na tumba carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos!



Todas as coisas me ferem

Um corvo com a noite
Nas asas
O vento do sudoeste
Está varrendo meus ombros 
A poderosa alma
Que pulsa nos universos
O barro pegajoso
Dos que choram
Me bate na cara
Todas as coisas me ferem
Até a medula dos ossos.
Fanático 


Ó corvo

Tu que voas noite dentro, com essa cor obscura e olhar místico
Ora de vingativo, ora de solitário
Vem até mim repousar!
Preciso da tua solidão e segredos misticos para me refugiar
Não vez que minha alma está igual à tua?
Não vez que de escuro me encontro para que venhas ter comigo?
És o corvo sombrio que eu confio
Estou tão sombria como tu, noite e dia!
Anda, pousa sobre o meu ombro e ouve o meu lamento
Tu, e só tu vai perceber porque me sinto tão sozinha e obscura
Sorte a nossa que voamos por voar, em busca de um lugar onde nada habita
Noite frias e sombrias, são as nossas guias
Olha o meu coração!
Vê como se encontra ferido, e sombrio 
Já nem o seu sangue tem cor vermelha, tudo negro!
Minhas lágrimas que como tinta de caneta preta se parece.
Eu sei que tu me percebes, e o porque sentir-me assim tão dormenta.
Não tenhas medo de mim, pois sou como tu
Obscura, sombria e alma vazia!
Ninguém nos percebe, pois quando vêm um ser assim tão obscuro se afastam
Têm medo...
Mas esquecem que foram eles que nos tornaram assim
Num ser mistico, com seus próprios segredos numa noite escura e fria!
Perdida na Noite



Durante a noite...a noite toda...
Um trágico grasnido pode ser ouvido...
A vos de um anjo que fica chamando...
Um anjo com uma alma sangrando está caindo...

Anjo negro da melancolia 
Eu sou uma lágrima fria de misantropia
Anjo negro do sofrimento
Eu sou uma lamentadora cheia de angústia

Seus violentos poemas de dor
Numa elegia mordaz
Vermelho escuro é a cor
De sua agonia ilimitada

Anjo negro da melancolia
Eu sou uma lágrima fria de misantropia
Anjo negro do sofrimento
Eu sou uma lágrima fria de misantropia
Anjo negro do sofrimento
Eu sou uma lamentadora cheia de angústia
Cheia de angústia...lamentadora cheia de angústia...

Pássaro anjo negro...

A tristeza em seu canto
É a minha própria melancolia
Um lutuoso derretimento de lágrimas 
Que emergem como o cais da noite 

Nos seus olhos...
Eu contemplo os olhos de uma alma
Uma alma com um coração sangrando
E sem o amor de ninguém

Minha existência depende da sua
Minha...minha alma é como a sua
Por...por você eu choro
Na fria noite nua

Leve-me além da infinidade
Em suas asas de luz lunar
Eu quero soltar um último grito
Eu quero adormecer e sonhar

Eu sou...Eu sou o pássaro anjo negro...
Uma poeta de tragédias...

Eu sou o pássaro anjo negro...
Eu sou o pássaro anjo negro...

Arranhe com suas garras mortais
Agarre bem...no meu peito
Chão do cemitério para as invocações de outono
Santuário para um amor despedaçado

Abnegada, eu clamo por você
Minha alma sangra pela sua
Por você eu morro...
Por você eu morro...
No frio...
No frio...
Na fria noite nua...

Na fria noite nua...
Na fria noite nua...

#Anjo de oração ferido
Como é triste o fim...
Sentir-me perdida
Morrer dentro de mim..."
Lord Crow



Meu Silêncio

Agoniza na tua alma
Como uma espada oculta que transpassa teu coração 
E nada além das minhas palavras perdidas no escuro
dos teus pensamentos serão suficiêntes para dizer...
Deseje, sonhe e realize!
O que nunca teve oportunidade de sentir...
Malu Freitas



!PERDIDA NA NOITE!




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